Deixei os reviews um pouco de lado pensando em fazer os próximos já no nosso canal do YouTube, mas como alguns equipamentos como lentes e microfones ainda não chegaram, e provavelmente demorarão um pouco, vamos a mais um review aqui no C&C. Confiram todos os detalhes da excelente Bomba Finale II!
Desde o seu lançamento, em março de 2013, estava ansioso para testar a Bomba Finale II. Como na minha cidade é difícil ver uma dessas, não quis arriscar antes de experimentá-la. Felizmente, meu grande amigo Gabriel Pato, adquiriu o modelo e o emprestou ao Camisas & Chuteiras para que fossem realizados alguns testes e consequentemente seu review. Vamos ao que interessa!
1º teste – Piso: grama sintética / Condições do campo: seco
No primeiro teste, que foi realizado em gramado sintético, não fiquei muito satisfeito. Como a chuteira havia sido comprada a pouquíssimo tempo, ainda não estava amaciada, o que me causou um certo desconforto.
A configuração das travas, bem semelhante as AG (Artificial Grass), é excelente para o tipo de campo onde o teste ocorreu, que tem uma grama mais alta e macia. Em uma quadra com o gramado mais baixo, tenho minhas dúvidas se ela proporcionará a mesma estabilidade.
Sobre o cabedal, em um primeiro momento, não vi vantagens do NikeSkin sobre o Teijin (Material usado na linha Mercurial), mas ele é bem melhor que o KangaLite (Material usado na primeira versão da Bomba e da Elastico). Um ponto a se destacar são os recortes em mesh, que realmente dão uma respirabilidade bem maior ao calçado e proporciona uma grande redução de peso. A posição dos cadarços é excelente para o meu tipo de batida na bola. Me agradou bastante.
Com o gramado seco, ficou difícil analisar se a tecnologia ACC teve alguma influência no meu domínio e controle de bola.
O amortecimento está longe de chegar ao de uma Asics C3, mas é satisfatório para os padrões da Nike em modelos TF.
2º teste – Piso: grama natural / Condições do campo: úmido e escorregadio
No segundo teste, realizado ontem (06/04), em gramado natural, o modelo subiu bastante no meu conceito. Já amaciada, após alguns meses de uso, pude perceber como a Bomba é extremamente confortável e se ajusta perfeitamente ao pé. O NikeSkin é bem mais fino que o KangaLite, o que possibilita um melhor contato com a bola e maior conforto.
Eu tinha sérias dúvidas quanto a ACC, mas ontem notei que realmente ele cumpre o prometido em condições adversas. Enquanto outros jogadores deixavam a bola espirrar por conta do gramado úmido, não tive esse problema. É lógico que a ACC não é mágica, não faz a bola grudar no pé, mas realmente auxilia no controle e condução com o campo molhado.
Mesmo com a grama alta e bem escorregadia, não dei se quer uma patinada em todo o jogo. Sem dúvidas, essa é uma das melhores configurações de travas TF que já usei, perdendo apenas para a Predator LZ Absolion.
Devido ao campo úmido, a chuteira molhou bastante. Depois de limpá-la, a deixei em um lugar mais arejado, e rapidamente estava seca. Ponto para os recortes em mesh que ajudam muito nesse processo.
Depois de dar um resumo do que achei do modelo em ação, vamos analisar os pontos mais importantes individualmente.
Conforto: Nas primeiras vezes o cabedal aparenta ser um pouco duro, até causando um certo desconforto. Após algumas partidas, o NikeSkin começa a moldar ao seu pé, melhorando muito a sensação de contato com a bola e elevando muito o nível de conforto.
Peso: Mesmo sendo 10g mais pesada que a Mercurial Glide (280g), a Bomba (290g) te dá a sensação de estar calçando uma chuteira mais leve. Acredito que os painéis em mesh ajudaram muito para que eu tivesse essa sensação.
Tração: Em uma palavra: Espetacular! Com um misto de travas cônicas e longitudinais, o solado da Bomba é sem dúvidas um dos melhores do mercado. Excelente performance tanto em gramados naturais, como em sintéticos.
Design: Quando o modelo foi lançado, me incomodei um pouco com o seu design, mas depois de vê-lo de perto, dei o braço a torcer. Belíssima chuteira!
Manutenção: Eis um ponto negativo da Bomba. Se você tem mania de limpeza, passe longe dessa chuteira, ou se prepare para perder bastante tempo retirando terra dela. As diversas ranhuras em sem cabedal e as travas cônicas dão muito trabalho após um jogo com o de ontem, em gramado úmido.
Durabilidade: Mesmo com poucos meses de uso, ela já apresenta pontos de desgaste, como na junção entre cabedal e solado. Estou usando a Mercurial Glide desde 2012, pelo menos uma vez por semana, e até então não apresentou esse tipo de problema. Mas mesmo assim ela se mostra resistente pelos materiais usados, como o mesh.
Custo-benefício: Tinha minhas dúvidas se o modelo realmente valia R$ 350,00, mas fiquei muito satisfeito com o que vi. O conforto proporcionado pelo NikeSkin e a excelente tração já fazem valer o preço salgado para um dos melhores modelos do mercado.
Conclusão
Pouquíssimos modelos TF reúnem tantas tecnologias e materiais de ponta como a Bomba Finale II. NikeSkin, ACC e uma das melhores configurações de travas do mercado fazem valer o alto investimento nessa fantástica chuteira. Sem dúvidas um dos melhores modelos TF que já utilizei. Testada e aprovada!
O que vocês acharam do review de hoje? Gostaram do que leram sobre a Bomba Finale II? Comentários abertos!
Sigam-nos pelos Twitters: @Camisa_Chuteira e @vitimmarins. E também nosso perfil no Facebook!
Wanderson Menezes
Muito bom !!! Tem previsão do próximo modelo da linha ????
Vitor Marins
Acredito que as próximas versões da linha só sairão em 2015.